domingo, 20 de novembro de 2011

Morrera.
Recebera a notícia ainda confusa. Recusava-se a acreditar.
Olhou para dentro de si mesma e viu.
Realmente era o fim.
E ela então lamentou profundamente aquele "falecimento".
Não que não estivesse acostumada com esse tipo de acontecimento, mas porque, em momento algum, imaginou ser possível que algo tão bonito acabasse.
Achou estranho que, puxando pela memória recente, não conseguisse ver os bons momentos, apenas a morte, fria, seca.
Ela decidira então usufruir do seu luto. Escureceu os olhos, o sorriso, a alma. Ficou surpresa, pois o luto, já usado em diversas outras ocasiões semelhantes, desta vez, parecia não lhe cair bem.
Tentou pensar que todo aquele aparente sofrimento não era causado pelo "falecimento" em si, mas pelo ideal morto.
Ela decidira usufruir até a última gota de seu luto, e assim enterrá-lo... De uma só vez e para sempre.